O Jornalista Walter Brito quer debate público com Eduardo Bolsonaro. Tudo pelo fato do Eduardo ter culpado a China pelo coronavírus no mundo |
Por: Euslicely Freitas
Indignado com a insensatez do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), o jornalista Walter Brito chama o homem de 1.847.735 votos para um debate público, quando sugeriu os temas: economia, política nacional e internacional, questões ideológicas, ética, educação e o tema do momento, o coronavírus.
o ator Jorge Coutinho é pré-candidato a prefeito do Rio e o jornalista Walter Brito, pré - candidato a vereador |
O jornalista afrodescendente, filho de pai alfaiate e mãe faxineira de uma escola pública, saiu aos 16 anos de casa e foi forjado na luta pela sobrevivência, por isso é um grande improvisador nos debates da vida, começando pelas diversas profissões que exerceu: padeiro, engraxate, alfaiate, professor de matemática, estilista de modas, jornalista, marqueteiro, bacharel em direito com pós-graduação em direitos penal e eleitoral.
O desafiador de filho do presidente foi diretor administrativo e financeiro da Fundação Cultural Palmares, nos governos Collor e Itamar Franco, quando assumiu a presidência da instituição interinamente por 23 ocasiões, notadamente, quando Nelson Mandela saiu do cárcere na África do Sul e veio pela primeira vez ao Brasil. Walter Brito representou o então presidente Fernando Collor de Mello na cerimônia no Palácio Anchieta, quando o saudoso governador afrodescendente Albuíno Azeredo homenageou o líder sul-africano.
Mandela e Winnie estiveram também no Rio de Janeiro, à época governado por Leonel Brizola |
Na ocasião, após seu pronunciamento representando Fernando Collor, Walter Brito passou às mãos do líder negro, o livro Mão Afro, que conta a história da arte negra no Brasil. Walter Brito também participou da cerimônia no Estádio Cariacica, quando Mandela e Winnie Mandela foram ovacionados por mais de dez mil pessoas.
Foi também o jornalista e pré-candidato a vereador do Rio em 2020 quem transformou o sepultamento do ator Grande Otelo em uma cerimônia realizada para sepultamento de chefe de Estado, cuja exigência foi do amigo, conterrâneo e presidente Itamar Franco. Otelo faleceu em Paris e o então presidente Itamar pediu que Walter organizasse um velório como se fosse para um chefe de Estado, ocorrido no Palácio Gustavo Capanema no Rio, que contou com a presença de personalidades tais como: atores Jorge Coutinho e Milton Gonçalves, vedete Virgínia Lane, cantor Martinho da Vila, arquiteto Oscar Niemayer, governador Leonel Brizola e o presidente Itamar Franco, entre outros.
No dia seguinte, o jornalista seguiu para Uberlândia-MG, em um avião fretado pela Presidência da República, juntamente com todos os filhos e filhas de Otelo, genros, noras, sobrinhas e a última namorada do protagonista de Macunaíma, quando cerca de oito mil uberlandenses esperavam a chegada do conterrâneo e cidadão do mundo Grande Otelo.
O jornalista Walter Brito espera ser recebido na próxima semana pela ministra da cultura, a atriz Regina Duarte, para quem deverá explicar de forma efetiva a verdadeira história da Fundação Cultural Palmares, inclusive toda a estrutura administrativa, criação de cargos e funções, orçamento, organograma e o objetivo para a existência da instituição zumbiniana.
Em tempo, faz parte da trajetória do desafiante para um debate público do deputado Eduardo Bolsonaro a autoria do Livro: Memórias de Uma Família Negra Brasileira, lançado em 2006 no Teatro Nacional em Brasília, com cerca de mil pessoas presentes, entre as quais a então governadora Maria Abadia, ministros, deputados, onze embaixadores africanos, os sete irmãos do autor e seus pais.
Walter entrou no salão, ladeado dos atores Milton Gonçalves, Jorge Coutinho e Cosme dos Santos.
A Prêmio Nobel da Paz, a saudosa Wangari Mattai, recebeu o livro de Walter Brito em Salvador, antes do lançamento no Teatro Nacional |
Questionado pela reportagem sobre as regras do debate, o jornalista Walter Brito sugeriu: "Se eu vencer o debate, certamente ficará claro para o povo brasileiro que o negro existe intelectualmente em nosso país, que o lançamento de afrodescendentes para prefeitos em todo o país ficará mais fácil, inclusive a candidatura de Jorge Coutinho para prefeito do Rio. Jorge representará a cultura e a negritude no poder. Se o Eduardo perder o debate público, que ele renuncie a seu mandato de deputado, peça perdão ao povo chinês e pare de atrapalhar o pai Jair Bolsonaro, eleito democraticamente presidente do Brasil, para governar sem nenhuma interferência familiar", concluiu Walter Brito. o jornalista diz que declinará de seu projeto rumo ao parlamento municipal do Rio, caso seja derrotado por Eduardo Bolsonaro no debate público.
o jornalista Walter Brito, sugere que o deputado Eduardo Bolsonaro, peça desculpas ao embaixador da China em Brasilia, o doutor Yang Wanming, antes do debate público. |