Por: Walter Brito
O empoderamento da mulher promete falar alto nas eleições de Brasília. A funcionária pública Natália Mazzoli, pré-candidata ao Senado da República pelo Podemos, é uma entusiasta da participação efetiva da mulher em todos os setores da vida pública e privada. Neste sentido, ela pretende defender na sua campanha para o Senado, 50% de vagas para a mulher disputar cargos eletivos em todos os níveis no país.
Formada em Direito e gestora hospitalar, a pré-candidata trabalha há 26 anos no Hospital da Asa Norte (HRAN). Conhecedora profunda da saúde pública em Brasília e no Brasil; aliás, é amiga e aluna do argentino Alberto Anderson, um dos criadores do Sistema Único de Saúde-SUS. É com esse currículo e entusiasmo que a pré-candidata escolhida por Álvaro Dias, para disputar uma cadeira de senadora em Brasília, concedeu entrevista exclusiva para o jornal Diário da Manhã, quando mostrou de forma clara o desejo de debater os problemas de Brasília, com os demais pré-candidatos ao Senado. Veja a íntegra da entrevista.
Questionada sobre o momento difícil pelo qual passa o Brasil, Natália Mazzoli disse de forma categórica: “Estou de acordo com o senador Álvaro Dias, quando ele afirmou que temos que refundar a República, e uma de suas propostas é acabar com o foro privilegiado que protege criminosos engravatados. Estes têm que pagar na cadeia pelos seus erros cometidos. Além disso, o país não aguenta mais tantos desmandos. A greve dos caminhoneiros é apenas um alerta para os nossos governantes que precisam colocar suas barbas de molho. A maioria dos 220 milhões de brasileiros não permite mais ser sacrificada por uma elite dominante que comanda o país desde os seus primórdios. E mais, o trabalhador brasileiro que leva o país nas costas, trabalha a vida inteira, e muitos, até 18 horas por dia. Ainda assim, não conseguem sequer pagar suas contas em dia. O nosso povo, que é honrado e trabalhador, depois de muito sofrimento, agora está tendo a coragem de ir para as ruas e dar um basta nisso tudo! Juntos podemos”, arrematou Mazzoli.
Natália e o senador Álvaro Dias |
Perguntamos à pré-candidata do Podemos, se ela tem consciência do valor que é gasto em uma eleição para senador, e nos referimos a casos no país em que candidatos gastam mais de 20 milhões para a busca de uma vaga no Senado. Ela não pensou duas vezes e foi direto ao ponto: “Quem gasta uma fortuna dessas para representar o nosso país não pode estar bem-intencionado, pois o salário de senador é de 33,7 mil por mês. Estou ouvindo todos os segmentos da sociedade em Brasília e percebo que, nesta eleição, os políticos tradicionais não terão vez e nem votos. O povo vai votar na honradez e na ética, nos projetos para o país e principalmente em quem nunca foi político e tem serviços prestados. Por isso, eu me coloco e entro pra valer na disputa. Nasci em Minas Gerais e vim para Brasília aos 15 anos. Tenho 26 anos de trabalho no serviço público, onde ajudei a salvar muitas vidas. Dei e continuo a dar minha contribuição ao povo de Brasília na área da saúde. Amo esta cidade e levei cinco anos para elaborar um projeto que, certamente, vai ajudar a melhorar a saúde pública na capital brasileira. Não sou política, sou gestora e gosto de gente. Por isso estou pronta para apresentar aos brasilienses um projeto diferente e digno. Para isso eu não vou precisar de dinheiro farto e farei minha campanha na forma da lei”, disse.
Sobre as vaquinhas que vão abastecer as campanhas de candidatos nesta eleição, Natália Mazzoli afirmou: “É uma forma democrática de viabilizar uma campanha. Eu concordo e vou participar. Vale lembrar que Barack Obama se tornou presidente dos Estados Unidos da América com ajuda de 1 dólar oferecido por milhares de norte-americanos. Quem tiver a simpatia da população vai receber a contribuição financeira e o voto nas urnas”, arrematou Natália.
No que diz respeito à defesa da mulher em sua campanha, Natália Mazzoli respondeu de forma contundente: “A mulher vai avançar muito a partir desta eleição. Vamos exigir 50% das cotas para as mulheres se candidatarem Brasil afora para vereadora, deputada estadual, deputada federal, senadora, governadora e presidente da República. A mulher, com sua sensibilidade, certamente vai ajudar a administrar melhor o nosso país. Para isso temos que sair da insignificância de 14% de representação no Senado e 10% na Câmara Federal, para um percentual significativo e à altura de nossa representatividade. Somos nós que ajudamos a decidir as eleições, por isso temos que participar efetivamente de todos os poderes na vida pública e privada. Vamos lutar firmemente no combate à violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha representa um marco importante, mas nós temos que fazer valer leis mais fortes e contundentes, que coíbam de fato e de direito esse tipo de violência que campeia solta em todos os rincões da nação brasileira. Os salários da mulher precisam ser equiparados ao salário do homem na mesma função, entre outras reinvindicações”, disparou a pré-candidata ao Senado.
Quando o assunto da sucessão presidencial foi colocado, Mazzoli brilhou os olhos, consertou a garganta e mostrou sua posição: “Álvaro Dias foi referência para o juiz Sérgio Moro em sua adolescência. Hoje Moro dá exemplo para o mundo no que diz respeito ao combate efetivo da corrupção, quando colocou poderosos na cadeia. A nossa sociedade precisa de referências positivas e de pessoas que exerçam funções de comando no país, que não roubam e não deixam roubar. Precisamos de gestores competentes e que tenham responsabilidade com o dinheiro público e sensibilidade para cuidar de nosso povo. Álvaro Dias fez tudo isso com maestria no Estado do Paraná, quando foi governador. Saiu do governo com quase 80% de aprovação e não tem nenhuma mancha em mais de 40 anos de vida pública. Ele é, sem dúvidas, o melhor nome para administrar o nosso país e tirá-lo do caos em que se encontra”, explicou Mazzoli.
Perguntamos no final da entrevista, qual deverá ser a sua principal estratégia de campanha para se eleger senadora. Natália Mazzoli não tergiversou e foi rápida na resposta: “O povo de Brasília merece respeito! Por isso, a nossa população precisa saber ipsis litteris, quais serão as nossas intenções de pré-candidatos hoje e brevemente candidatos aos cargos que comandarão a nação nos próximos quatro anos. Por esta razão, a minha arma será, sem dúvidas, o debate! O debate engradece qualquer projeto. Vou debater com todos os segmentos de nossa população durante os 45 dias de campanha. Aproveito a oportunidade da reportagem para convidar os meus pares que disputarão o Senado, para grandes debates públicos no rádio, na televisão, nas redes sociais e, inclusive, no palanque! Quero propor de antemão um grande palanque suprapartidário onde estejam todos os candidatos ao Senado para a realização de debates sobre Brasília, sobre a saúde pública, referente às leis que ajudarão a colocar Brasília e o país nos eixos; no que diz respeito a educação de qualidade para todos, segurança pública, entre outros. Será nesse palanque democrático que seremos escolhidos pelo povo de Brasília, proponho! Espero ser a primeira mulher eleita senadora pela capital de todos os brasileiros”, finalizou Natália Mazzoli.
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