Daniel Vilela em foto recente |
Marconi Perillo em 1998 |
Outro dia vi um comentário
de um jornalista, quando afirmou com todas as letras, que o deputado federal
Daniel Vilela, presidente do PMDB regional: é um “fedelho”. Na opinião do
jornalista, o presidente da comissão de reforma trabalhista na Câmara, não tem possibilidades
sequer de ser candidato ao governo de Goiás em 2018. Lembrei-me na hora de
1998, ocasião em que fui ao apartamento do então deputado federal, Marconi
Perillo, localizado na Asa Norte em Brasília. Fui à casa do parlamentar goiano,
ao lado de meu irmão, que foi prefeito eleito e reeleito em um município no
Entorno da capital brasileira.
Naquela oportunidade
entreguei para o Marconi, uma pesquisa de opinião feita pelo meu Instituto O
Parlamento/CristalPesquisas, cujo resultado identificou o tucano com 2% de
intenção de votos e o Velho Guerreiro do PMDB, Iris Rezende com 80%. Ao lado de
seu motorista, um afrodescendente de porte médio e atarracado, o já
governadorável fez o seu comentário sobre a referida pesquisa: “Sua pesquisa
está correta, pois sei de sua competência. Entretanto, eu acredito que vou unir
parte da oposição e chegarei aos 20%. Com esse percentual eu me cacifo para o
Ministério do Fernando Henrique Cardoso, por meio do Sérgio Motta e sua esposa
que gostam muito de mim”. Disse Marconi. O motorista que conduzia o deputado em
um automóvel de cor marron e fabricado mais ou menos em 1989, um Dez Suvs, como
eu, o chofer não concordava que o patrão teria apenas 20% dos votos.
Naquela tarde no
apartamento da Asa Norte, eu discordei do deputado e disse-lhe, que apesar da
aceitação do pmdebista, Iris tinha uma rejeição altíssima, que poderia
inviabilizar sua eleição, o que permitiria sua ascenção (Marconi), por meio de
um projeto renovador, que seria conduzido por um jovem de 34 anos, bem-
apessoado e que entrava no jogo eleitoral, com a vantagem de ter o voto feminino.
Marconi fez que concordou e pediu-me que procurasse o Fernando Cunha em
Goiânia. Fiz para Fernando Cunha 12 pesquisas quantitativas e uma qualitativa
no primeiro turno. Somente o nosso Instituto divulgou que Marconi iria para o
segundo turno. O Ibope, Vox Populi, Data Folha, Serpes: anunciaram com
estardalhaço a vitória de Iris no primeiro turno. Erraram feio!
Quando fui apresentar a
programação de pesquisas para o segundo turno, ao saudoso Fernando Cunha, o
senador derrotado nas urnas - sorriu amarelo e disse-me: “Você vai ficar só com
a divulgação em seu Jornal O Parlamento, nas regiões do Entorno e Nordeste
Goiano. Agora é briga de cachorro grande e os institutos consagrados vão nos
orientar”. Claro, a campanha que não tinha nenhuma perspectiva de vitória e
nenhuma camiseta no primeiro turno, diferentemente do Iris que teve milhares,
tornou-se poderosa e ditava as regras. Naquele momento, os tucanos tinham
dinheiro pra valer e Nerso da Capitinga andava a tiracolo com o jovem
governadorável goiano. Com humildade, aceitei o desafio de Cunha e divulgamos
de forma estratégica, o projeto Tempo Novo, nos quatro cantos do Entorno e
Nordeste Goiano.
Marconi passava para a
história, como o governador mais jovem de Goiás em todos os tempos. Ele se
elegeu mais três vezes para o Palácio das Esmeraldas, foi senador e elegeu
ainda Alcides Rodrigues, o que lhe deu quase 20 anos de poder ininterrupto. Por
esta e outras, entendo que o vocábulo “fedelho” não se encaixa de forma alguma
na figura do jovem de 33 anos, Daniel Vilela, que desde 2015 se destaca como um
dos parlamentares mais influentes da Câmara Federal. Comparando o Daniel de
hoje, com o Marconi de 1998, o presidente do PMDB goiano tem muito mais bagagem,
que tinha o tucano. Marconi disputou e venceu a primeira eleição para governar
Goiás, quando 99,9% dos jornalistas davam como certa a vitória de Iris Rezende.
Portanto, o jornalista da infeliz polêmica, ou seja: “fedelho”, certamente está
bem acompanhado, ao observarmos os prognósticos dos jornalistas daquela eleição
histórica que elegeu Perillo pela primeira vez.
Daniel Vilela, recém - chegado
dos Estados Unidos da América, quando teve a oportunidade de conhecer os
benefícios da tecnologia no marketing político, que levou Donald Trump para a
Casa Branca, certamente o seu projeto terá a tecnologia como carro-chefe, já
que a juventude, especialmente o sexo feminino tende a votar em 2018 num
projeto inovador, de acordo com pesquisas qualitativas recentes. Diz a
pesquisa, que não se trata apenas da juventude do candidato, mas de suas ideias
inovadoras e fundamentadas nos ditames da nova ordem mundial, onde o avanço da
tecnologia de ponta é condição Sine qua non.
Neste sentido, além de
ter nascido junto com os grandes lançamentos tecnológicos que mudaram o mundo,
o governadorável do PMDB é visto na Câmara como um deputado atualizado com o
mundo moderno; tem conhecimento estratégico de seu estado, além de ter
assessoria diferenciada. Com espírito crítico, que indica de forma eficiente a
hora de entrar de cabeça num projeto e também a hora de se conter, o deputado
está convencido de suas reais possibilidades de chegar ao Palácio da Esmeraldas
daqui há dois anos.
Vale lembrar ainda que
na eleição de 1998, a maioria dos pensadores do PMDB entendia que Maguito
Vilela era o melhor candidato para ganhar a eleição e não Iris Rezende. O erro
estratégico permitiu que o novato Marconi vencesse o pleito e se consolidasse
como um dos maiores líderes da história política goiana. Eis que, passados
quase duas décadas, paira a mesma dúvida: Maguito Vilela ou o filho Daniel Vilela?
- Claro, o povo clama por renovação,
apesar da bela trajetória política de Maguito.
Contudo, apesar de Daniel Vilela ser o
nome da moda, estão firmes como pré-candidatos: Ronaldo Caiado (DEM), Maguito e
Iris Rezende do mesmo PMDB comandado por Daniel. Todos querem enfrentar José
Eliton, o candidato de Marconi Perillo. O advogado da cidade de Posse, no
Nordeste Goiano, que virou vice-governador pelas mãos de Caiado, não é tão
fraco como muitos imaginam. Comendo pelas
beiradas ele virou vice-governador e também poderá obter o mesmo êxito que o
pacato Alcides Rodrigues obteve, pois, a máquina pública azeitada como a de
Goiás tem muita força, o que é suficiente para fazer o tucanato perpetuar no
poder.
Acredito firmemente,
que entre três candidatos fortes, tais como: Daniel, Caiado e José Eliton, quem
tem segundo turno garantido é o tucano. Comenta-se também a união de Marconi e
Iris Rezende. Neste caso, o Velho Guerreiro do PMDB seria o candidato de
Perillo que poderá pleitear uma das vagas para o Senado. A velha máxima da
política diz: muita força junta pode dar chabu. A união dos dois caciques da
política goiana poderá revoltar o eleitor e obrigá-lo a eleger qualquer
adversário: Caiado, Demóstenes, um prefeito que se destacar em 2017, ou até
mesmo, um empresário ao estilo Trump!