SEMANA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

 Por: Walter Brito

No dia 20 de novembro de 1695 Zumbi foi assassinado na Serra da Barriga em Alagoas, quando resistiu até a última gota de sangue derramado no Quilombo dos Palmares, cujo objetivo era a liberdade. Ao partir para a eternidade aos 40 anos, o seu legado tornou-se: símbolo de lutas, dignidade, conquistas e vitórias, da comunidade negra nacional.
Por isso reverenciamos o dia da morte de Zumbi dos Palmares em todo o país, no 20 de novembro, que é a Data Nacional da Consciência Negra. Neste sentido eu ofereço aos leitores de todo o país e também os estrangeiros nos quatro cantos do mundo, que nos acompanham por meio de nossos sites, o texto que escrevi por ocasião em que, a grande guerreira afrodescendente, Maria Júlia Coutinho sofreu manifestações de racismo.
O ataque veio daqueles que ainda não se integraram ao ditado da nova ordem mundial: a unidade na diversidade. Estes desconhecem também a dívida histórica que o nosso país tem com o povo negro, que ajudou efetivamente a construir a nação brasileira e não participa de sua administração. Leiam ou releiam o artigo e, se possível comentem: “ MAJU FECHA O TEMPO NA TV GLOBO”,  que já foi lido por mais de dois milhões de pessoas e comentado por muita gente boa. A primeira publicação foi no Jornal Diário da Manhã:  www.dm.com.br , que teve 93 mil curtidas. Republicado em sites e jornais dos 27 estados brasileiros e também em nossos sites: www.cristalpesquisas,com.brwww.saopaulonasentrelinhas,com.brwww.orioerio.com.br;       www.bomdiaminasgerais.com.br; www.bomdiagoianiablogspot.com.brwww.formosanasentrelinhas.com.br
Assistam também a nossa mensagem postada no YOU TUBE a partir do dia 16 de novembro de 2016, referente aos homens e mulheres afrodescendentes,  que fizeram e fazem histórias neste país grande chamado Brasil!

 Maju fecha o tempo na TV Globo!


Quando ligo a TV para assistir ao Jornal Nacional, agora tenho a impressão que o discurso de Martin Luther King proferido em Washington em 1963 pode tornar-se realidade no Brasil, pois Maju está no ar! King disse naquela ocasião: “ Eu tenho um sonho que um dia meus filhos sejam julgados por sua personalidade, não pela cor da pele.”
Maria Júlia Coutinho é a apresentadora do tempo, no famoso jornal da TV brasileira e faz seu trabalho com muita competência e com uma energia inigualável, o que chama a atenção dos brasileiros e estrangeiros de todas as cores. Outro dia, o jornalista Nivaldo Beirão escreveu o seguinte: “Apesar do racismo que campeia nas redes sociais, a jornalista Maju adentrou o Jornal Nacional com espontaneidade, risonha e com o espírito de quem quer trazer para a previsão do tempo a coloquialidade de uma conversa de elevador, o que fez o jornalismo da Globo tirar a gravata”, provoca o articulista da revista Carta Capital.
Voltando ao discurso de King há 52 anos, ou seja, bem antes da mãe da Maju sonhar que teria uma filha tão bonita e competente. Nesse sentido, agora a própria Maju é a esperança dos afrodescendentes em nosso país, de que o sonho do velho guerreiro dos direitos civis nos EUA, se torne profético aqui um dia. Lá nos Estados Unidos da América, a questão racial avançou muito depois do famoso discurso de Luther King. O reconhecimento dos pensadores da educação, que com muita sensibilidade priorizaram as cotas raciais nas universidades, acertaram em cheio. São exemplos de que a educação de qualidade muda efetivamente os destinos de um povo, determinados nomes que se beneficiaram de alguma forma das cotas raciais no país de Abraham Lincoln: “Condolezza Rice; Colin Powel; Oprah Gail Winfrey e Barack Obama.”
No Brasil, último país do mundo a libertar os escravos, cuja libertação se deu de forma equivocada e provocando consequências terríveis para o povo negro brasileiro, a nossa situação é muito mais complexa. Entretanto, nos últimos 12 anos, o Governo Federal implantou as ações afirmativas, com o objetivo de reparar a dívida histórica com o povo que ajudou a construir a nação brasileira e não foi inserido no seu processo de desenvolvimento. As cotas para a comunidade negra nas universidades já dão os primeiros resultados. Em 2014 foram implantadas as cotas para a comunidade negra nos concursos públicos. Recentemente foram aprovadas cotas para a negritude na magistratura. Com isso, os afrodescendentes passam a acreditar que o futuro existe, apesar de ainda distante. Ao mesmo tempo percebem que o sonho de Luther King é efetivamente universal.
Maria Júlia, com sua competência, humildade, habilidade e, lógico,com muito cuidado, agora amplia o espaço que já tem na televisão. Aos poucos e sem ser pretensiosa, a jornalista torna-se uma das referências mais importantes da comunidade negra brasileira, ao lado dos saudosos: Abdias do Nascimento e Grande Otelo. Com também, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé; Milton Gonçalves; Joaquim Barbosa; Djavan; Anderson Silva; Glória Maria; Zezé Mota; Martinho da Vila; Rute de Sousa; José Vicente da Universidade Palmares, entre outros.
A TV Globo, orientada pelas pesquisas que a conduziram ao topo da comunicação no mundo, com a elegância que lhe é peculiar, tornou-se a madrinha de fato da Maju. A poderosa emissora faz reverências constantes ao trabalho diferenciado da jornalista. Além da levantada de bola no ar do Willian Bonner: “ Maju é uma das novidades mais felizes do Jornal Nacional, principalmente porque usa o talento que tem com um entusiasmo contagiante”, disse. A jornalista respondeu na lata: “Obrigada, Bonner. Adorei a levantada de bola.” Depois do apoio público do editor-chefe do Jornal Nacional, a jornalista foi recebida com todas as honras no Programa do Jô Soares e também no badalado programa Altas Horas, de Serginho Groisman. Os dois encheram a bola da jornalista que construiu uma nova história da meteorologia na televisão. A esse respeito, a repercussão do desempenho da Maju como editora e apresentadora do tempo no Jornal Nacional está sendo tão grande, que a jornalista é assediada nas ruas por onde anda. A nossa reportagem foi às ruas para medir a temperatura dos fãs da jornalista e saber suas opiniões. O professor da Fundação Educacional do Distrito Federal, Edmilson Bispo dos Santos, militante do movimento negro nacional, disse o seguinte: “A Maju é a nova musa da comunidade negra brasileira. Ela fez de um limão uma saborosa limonada. Depois de mostrar o seu talento como jornalista na TV, ela apresentou em alto estilo ao Brasil, por meio do Programa do Jô, o seu esposo afrodescendente , o publicitário Agostinho Paulo Moura. Percebi logo que, além de competente, Maria Júlia tem orgulho de sua negritude. É das nossas!” Concluiu o professor. Entrevistamos ainda, o primeiro negro nomeado secretário de Estado no Brasil, o advogado Osvaldo Ribeiro. Ele foi secretário de Assuntos Fundiários do Governo Orestes Quércia em São Paulo e foi também suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado. Osvaldo afirmou: “Maria Júlia fechou o tempo na Globo e passa para a história do jornalismo  como uma das mulheres brasileiras mais competentes na televisão. Maju é a nossa Oprah Winfrey!”, arrematou.
Por outro lado, nas redes sociais, apesar de muita gente se apequenar tecendo comentários maldosos sobre a nova estrela da televisão brasileira, inclusive esnobando o sucesso da jornalista, a maioria dos comentários valoriza a Maju. Veja o que disseram no Facebook, alguns fãs da Maria Júlia: “A Maju é linda! Amo o seu estilo: A sua classe, a alegria contagiante e o seu bom humor. Que Deus te abençoe e livre da inveja existente no meio artístico e televisivo. Continue alegre e humilde, como você é!”– Michele Sandaniel. Outro fã declarou: “Estou de plantão no Jornal Nacional aguardando a Maria Júlia aparecer”– Celso Luiz Rodrigues – Porto Alegre- RS. Mais um fã disse que Maria Júlia é o Airton Senna de Saias.
A jornalista disse para a imprensa que o sucesso que ela está fazendo como apresentadora na televisão: “É uma referência importante para a negritude brasileira. Isto mostra que estamos caminhando, mas o caminho é longo. Será bacana quando houver mais negros em postos importantes no país. Luto e torço para que a nossa realidade mude de forma efetiva”, arrematou. Como se vê, o sonho de Martin Luther King, que é universal, caminha a passos de tartaruga, mas pode tornar-se realidade no Brasil. Maju está fazendo a sua parte. Boa sorte Maria Júlia Coutinho!

Milton Gonçalves, Maria Júlia e Pelé
 
Edmilson dos Santos



 (Walter Brito, jornalista)





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