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Bolsonaro |
Por: Walter Brito
O PT fundado por Lula e
Lambari (pai de Taiguara) foi ao fundo do poço. Claro, demorou!
No seu berço político,
ou seja: o Estado de São Paulo, o partido fez apenas oito prefeituras das 72
que comandava. O ex-torneiro mecânico voltou suas baterias para a reconstrução
da legenda, como se fosse um alfaiate a costurar uma colcha de retalhos.
O novo PT está sendo
desenhado na prancheta de Duda Mendonça, desde a derrocada dos vermelhos na
eleição do primeiro turno em outubro último. O nome forte para a presidência e
de maior consenso, sem dúvidas é o nome do próprio Lula. Vai depender
naturalmente e como todo mundo sabe, do juiz Sérgio Moro. O magistrado de
Curitiba disse na única entrevista que concedeu como juiz da Lava Jato, quando
perguntado sobre a possível prisão do Lula: “este tipo de pergunta não é
apropriado, porque a gente nunca fala de casos pendentes”.
Por isso, o Lula ainda
não se lançou candidato com o intuito de presidir o partido, como é sua
vontade! Contudo os seus pares, especialmente os comandantes de cada ala do PT,
o aconselharam a incentivar a eleição de um nome provisório, para que o próprio
Lula possa assumir as rédeas do partido dos trabalhadores, num momento propício
e de menor turbulência.
Como o projeto é
impedir que o PT se torne um partido nanico; os pensadores da legenda acreditam
que uma possível prisão do Lula empurrará de vez o PT para o cadafalso. Neste
caso, o partido dos trabalhadores viraria uma canoa sem rumo, entre diversos
navios, num mar revolto do litoral brasileiro.
Entre os que podem
assumir o comando petista no país estão: Jaques Wagner, Gilberto Carvalho e
Antônio Gomide. Dos três, o único que não é conhecido nacionalmente é o
ex-prefeito de Anápolis-GO, que foi o vereador mais votado proporcionalmente do
Brasil. Ele representa o novo, tão em voga na última eleição. Para muitos, o
Gomide é também o único vitorioso do trio, por isso ele tem chances reais de
sair do interior goiano e ocupar espaço nacional, pelo menos enquanto Lula
tenha condições de assumir o partido. Neste caso, o Gomide teria a
responsabilidade de preparar o PT para tornar-se competitivo em 2018 e até
viabilizar um nome para disputar o Planalto, com chances de ir para o segundo
turno.
BOLSONARO
VEM AÍ!
Falando em Palácio do
Planalto, o azarão Bolsonaro está com a corda toda e avança junto à juventude
universitária brasileira de todas as classes sociais. Esta juventude poderá ser
a dona da bola nas eleições de 2018, por meio das redes sociais, dos movimentos
nas praças e ruas das cidades, bem como no campo e cobrindo toda zona rural. De
cada 10 universitários, pelo menos três têm muita simpatia pelo projeto de Jair
Bolsonaro para presidente do Brasil. Ele desempenha muito bem, o papel de
diferente na política nacional, segundo os referidos jovens.
A boa performance de
Donald Trump na reta final das eleições dos EUA, certamente são indicativos
claros, de que o deputado carioca poderá encarnar o gosto pelo remédio amargo,
que o Brasil almeja experimentar na próxima eleição presidencial. Neste
sentido, o Bolsonaro amplia o seu leque de apoios em cada entrevista que
concede: na grande imprensa, na imprensa alternativa, ou até, um simples post
nas redes sociais. A multiplicação formiguinha é um perigo e, no caso do nome
de Jair Bolsonaro, que muitos pensadores da política nacional ainda subestimam:
é efetivamente forte e está crescendo nos 27 estados do país. Só não vê quem
não quer e não lê.
Este reflexo já chegou
ao exterior, por meio dos brasileiros que lá vivem, ou simpatizantes
estrangeiros, que almejam ver o gigante adormecido se levantar.
João
Dória é fato novo
Por outro lado, a
entrevista do novo prefeito de São Paulo, João Dória Júnior, no Roda Viva, na
última segunda-feira, dia 8/11: deu o que falar. Mostrou um político
competente, que finge muito bem não ser político e o povo acredita. Este
perfil, de quem não é político e sim um gestor; pegou em São Paulo, Rio e Belo
Horizonte e, está na crista da onda em terras brasileiras.
Como a maior e mais
importante vitrine do poder no país é São Paulo, o prefeito que é empresário
bem sucedido e jornalista brilhante; tem possibilidades de ocupar um vácuo na
política nacional, deixado pelos políticos atuais que se tornaram velhos.
Esperto e conhecedor
profundo do marketing político, o empresário e jornalista exige ser chamado por
todos apenas de: João! Ele não quer formalidades e irá às reuniões do Palácio
do Planalto e nos outros palácios mundo afora sem a tradicional gravata, que é
o símbolo do formalismo dos executivos em quase todo o planeta terra.
Caso a administração do
João decole em 2017 na cidade de São Paulo, certamente em 2018, ele será um
presidenciável, especialmente nos tempos de crise econômica, em que o
funcionário público pagará metade de seu salário em imposto de rendas.
Apesar das mexidas do
ministro da fazenda Henrique Meireles na economia, e os apelos de Michel Temer
para popularizar sua imagem: o Brasil continua sem rumo. Tudo pode acontecer em
2018. Fotos: Lula de camisa vermelha e Bolsonaro com seus gestos engraçados.