Barretinho
Por: Walter Brito
Outro dia encontrei por acaso na Praça Tamandaré em Goiânia, lá no restaurante Cateretê, um sobrevivente de todas as crises econômicas pelas quais passaram o Brasil nos últimos 30 anos. Tal qual o grego Onassis, Ailton José Barreto, tornou-se empresário bem sucedido numa grande crise econômica, no final do governo Sarney e inicio do governo Collor. A história desse brasileiro sobrevivente é umas das mais belas que conheci.
Ele nasceu em Barretos no interior de São Paulo e se registrou em Planalto, também no interior de São Paulo. O sobrevivente das crises chegou a Goiás aos sete anos de idade. Aos 17 ele aportou na cidade de Mundo Novo-GO, em seguida foi para Nova Crixás- GO. Nesta última, com o objetivo de mudar sua história. Por lá concluiu o primeiro grau e passou três anos em Goiânia, dos quais, dois anos como soldado da gloriosa Polícia Militar. O destino quis que ele retornasse ao município localizado a 378 km de Goiânia. Estava escrito, que Nova Crixás seria o seu chão firme.
A sorte bateu à sua porta!
Eis que em plena Copa do Mundo de 1986, a Copa da Espanha, um gesto de coragem e ousadia mudaria sua vida pra melhor. A nossa seleção, que tinha Júnior, Sócrates e Falcão; não convenceu o desportista Barretinho, que nesta ocasião trabalhava como borracheiro, numa pequena cidade do interior de Mato Grosso. A nossa seleção não ganha a Copa: dizia o borracheiro para o patrão. Ele também foi servente de pedreiro no inicio da vida. Como o patrão acreditava no time brasileiro, chamou o funcionário teimoso para uma aposta. Barretinho conta com exclusividade para o Diário da Manhã, como deu a volta por cima: “Eu disse para o meu patrão, que o Brasil não ganharia a Copa. Ele disse que sim. Por isso apostamos seis meses de trabalho meu, contra uma moto velha que ele tinha. Por azar do povo brasileiro e sorte minha, o Brasil perdeu e, ganhei a moto. Dei algumas voltas nela para sentir o sabor da vitória e vendi. Com o dinheiro comprei bugigangas do Paraguai e comecei a mudar de vida, em plena crise econômica, no final do governo Sarney. Collor venceu a eleição presidencial em 15 de novembro de 1989. Eu tinha acabado de inaugurar uma pequena loja de móveis em Nova Crixás. Ganhei muito dinheiro no Plano Collor, que para muita gente foi um desastre. Tive sorte, como também teve o grego Aristóteles Onassis na grande crise da depressão em 1929, após a primeira guerra mundial. Ele vendia tabaco turco em duas sucatas de navios que comprou do Canadá. Eu ganhei dinheiro vendendo bugigangas do Paraguai. No Plano Real de Itamar Franco, consegui estabilidade financeira. Acreditei na economia de Nova Crixás e investi pra valer. Foi nesta ocasião, que criei o CDL- Clube de Diretores Lojistas de Nova Crixás. Era um grande sonho de nossos empresários. Como apostei que o Brasil poderia perder a Copa na Espanha, resolvi apostar mais alto na economia Brasileira, de Nova Crixás e região. Fundei mais uma loja de eletrodomésticos com a marca Diskotel Elétro em Bandeirantes. Esta serviu de laboratório para eu saber enfrentar a concorrência em cidades maiores da região. Quando a televisão falava em crise, eu montava mais uma loja e dava crédito aos nossos clientes. Com dinheiro no bolso, vontade de trabalhar e a ajuda da Ana, minha inesquecível companheira que Deus levou, eu montei mais empresas. Finquei a bandeira da Diskotel Elétro, fundada em Nova Crixás: em Mozarlândia, Mundo Novo e Cocalzinho”, disse.
Barretinho entra na política:
Observador atento da política na cidade, logo Barretinho percebeu que os gestores públicos falhavam muito e não cumpriam o que prometeram nas campanhas eleitorais. “ Não se sabe: se por falta de competência ou falta de interesse em ajudar o povo. Resolvi entrar na política, sempre pensando em ser uma opção a serviço de nosso povo. Enfrentei os desafios de peito aberto. Fui candidato a prefeito em 2012, ocasião em que fiz o bom combate pelo PSD. Perdi aquela eleição por uma pequena margem de votos. Acho que foi um bom teste como, primeira vez! O Lula perdeu quatro eleições para ser presidente, mas eu quero ganhar a próxima pelo povo de Nova Crixás. Caso eu seja aprovado na convenção de meu partido, o DEM, eu estarei na disputa. Trata-se do partido comandado pelo grande líder político do Estado e ilustre eleitor de Nova Crixás, o senador ruralista da República, Ronaldo Caiado”, disse.
Perguntei ao Barretinho, qual deve ser o perfil do novo prefeito de Nova Crixás, ele respondeu: “Uma pessoa honesta, competente e que decida a favor do povo. Não pode ser do tipo, que durma durante o dia para enganar a noite. Que não seja corrupto e, não tenha o rabo preso com ninguém”, arrematou.
Projeto para unir a oposição em 2016
Barretinho trabalha duro num programa de governo consistente. Ele está ouvindo todos os setores da sociedade, para na hora certa saber o que dizer. “ Quem sabe o que quer é o povo. Eu serei o gestor, se passar na convenção do DEM e vencer à eleição em 2016, com o apoio do povo, de todos os companheiros dos partidos de meu grupo político, como: O DEM, PTN,PRTB,PMDB, PRB, PSB, PROS, SOLIDARIEDADE e, as bênção de Deus. Precisamos da união de todos a favor de nossa cidade. Acho que o próximo prefeito, tem que ser acima de tudo um humanista. Temos que resolver os problemas graves da saúde e da educação em Nova Crixás. Entendo que quando o poder público deixa de investir na vida das pessoas, oferecendo benefícios e as coisas da modernidade, o poder público cai no fracasso. Portanto eu repito: temos que priorizar a saúde, educação de qualidade e o acesso à comunicação. Esta é a forma pela qual a juventude precisa se comunicar e evoluir. Em nosso município os jovens clamam por uma internet de qualidade e gratuita. O esporte e o lazer precisam ser incrementados.
Quando o poder público não investe no jovem, abre-se uma janela para o envolvimento com a droga e a marginalidade. No futebol sou palmeirense, fã do Messi e Neymar. Mas o craque brasileiro, que eu vibrava com seus gols e dribles era o Romário, o rei da pequena área, hoje senador da República. Incentivando o esporte, certamente um dia vamos ter atletas de sucesso em Nova Crixás . É meu sonho”, disse. Barretinho continua sua exposição: “A vida já me deu muito, tudo o que desejo agora é me realizar como humano. Do alto de meus 48 anos, ao lado de minha companheira Daniela, parceira nesta nova etapa da vida, na condução de meus projetos e na criação de meus onze filhos. Trata-se de um time de futebol de campo. Se for de Salão, certamente formo o time completo, a equipe reserva e o técnico”, brinca o pré-candidato.
Ele disse também, que a cidade precisa se preparar para o futuro. “ Minha terra tem que se preparar para o pleno desenvolvimento. Para isso, defendo a união dos governos: federal, estadual, municipal e iniciativa privada, na busca de mais emprego. E mais: Bandeirantes precisa explorar sua vocação, que é o turismo; os assentamentos precisam de suporte para os assentados; a soja está chegando aí, como também temos que ampliar a produção na zona rural. As estradas estão sucateadas, por isso temos que buscar parceiros.
Caiado é o grande eleitor de Nova Crixás!
O Caiado tem o seu título de eleitor em Nova Crixás e, como um dos senadores mais importantes do Brasil, além de ser o meu companheiro de partido, ele vai ser o nosso grande aliado. O Marconi Perillo como estadista, jamais deixará de ajudar nosso município.
Finalmente, eu nasci pobre e éramos dez irmãos. Deus me deu o suficiente par viver. Agora quero continuar contribuindo com o povo por meio da política; principalmente o povo mais humilde, que foi abandonado pelo poder público. A mulher, por exemplo, que sustenta a família; precisa ter ao seu dispor, uma creche para deixar os filhos para trabalhar. A administração tem que ser voltada para quem precisa do governo. Não podemos abandonar a família, a mãe carente e seus filhos. O idoso e o deficiente: merecem melhores cuidados e o nosso respeito”, finalizou Barretinho.
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